Protocolo "Memória da Cana"

    Estava um dia sol e saímos 30 min depois do horário previsto, tudo bem, e nesta oportunidade pudemos conhecer duas pessoas que fizeram parte do FORFÉ, Daniel e Juliana. Pude sentir, através dos dois e das histórias que contaram, um pouco de como o grupo era sob a visão dos mesmos, cada história engraçada!!!
    Chegamos lá em Sampa com duas horas de antecedência antes do primeiro espetáculo que assitiríamos -"Piramo e Tisbe" - algo nos moldes de Romeu e Julieta. Antes eu não podia deixar de expressar a minha sensação de formiguinha, em vista da grandiosidade que é a avenida Paulista, seus edifícios com arrojadas arquiteturas e o que mais me fascina: as pessoas! De várias tribos todas indo e vindo, estilos, cores e andares diferentes, com certeza é um laboratório gigantesco. Apesar dos pesares, São Paulo tem seus encantos...
    No espetáculo do SESI, Jefão se juntou com a trupe e fomos assitir uma peça que me interessou pela parte de cenários e as luzes do começo (que os atores juntos acendiam no escuro e movimentavam mostrando a formação do universo). Após o espetáculo fomos em um lugar onde havia vários espaços teatrais na praça Roosevelt, e ficamos nos Parlapatões que é um misto de café, teatro e circo. Novamente fiquei encantado, eram muitas coisas que chamavam a atenção: no teto, diversos guarda-chuvas de cores e tamanhos diferentes, de cabeça para baixo; na parede da esquerda, espetáculos que estavam em cartaz, na outra um mini-palco onde, na parede, haviam diversas assinaturas; ao fundo uma vitrine com artigos de circo, claves, swings, livros, narizes e sapatos de palhaços, todos tão coloridos e atraentes.
      Havia duas coisas que se eu pudesse levaria pra casa: uma máscara D'arte e uma mini arena de circo com quase tudo (faltavam os macacos - bem notado Elias Lima =D ). Ok. Fomos para o espaço dos Fofos, e lá nos encontramos com o restante do Forfé, todos muito elegantes na noite fria de sampa (pois acredito que no frio as pessoas tendem a se vestirem melhor). Ao entrar no "hall" as pessoas já imergiam no mundo do espetáculo: nas paredes fotografias antigas, um guarda-roupa com vários objetos peculiares (boneco, adaga, miniatura de ferros de passar antigos), lamparinas em um ambiente pitoresco... o espetáculo vai começar!
    Ao entrar logo se notava 2 coisas: aquele cheiro carregado misturado de lamparina com a cana seca, que fazia o perímetro do lugar e o próprio ambiente que já nos fazia nos sentir naquela casa. O "palco" era dividido em "cômodos", onde em cada um se encontrava uma personagem, eu sem escolher entrei no primeiro, lá estava a Tia Rute sentada em uma cômoda cheia de santos nos contando algo sobre uma moça que tentava se casar mas nunca conseguia. Muitas coisas me chamaram a atenção. Tanto ela (Tia Rute) como os outros pareciam imergidos neste ambiente incestuoso, onde tudo se complementava: suas expressões (tanto a do Jonas que para mim foi a melhor), quanto as atitudes e atenção aos detalhes. Essa mistura me fez realmente mergulhar neste mundo carregado de amor e ódio e polêmica, que são as peças de Nelson Rodrigues. A peça tomou minha atenção do começo ao fim. Logo após, fomos agraciados em poder ouvir um pouco das duas linhas de trabalho dos Fofos (Circo/Teatro e Peças Nordestinas), sobre a peça e sobre o novo trabalho (Pentateuco), no qual eles estão realizando uma oficina em Piracicaba devido a forte influência da cana em nossa cidade.

  O que posso mais dizer???? MUITO OBRIGADO À VOCÊS FORFÉ por me darem a oportunidade de poder conhecer e ter cada vez mais novas experiências neste mundo fantástico que é o TEATRO!!!



Aquí eu me despeço de vcs... ehh eu sei , eu preciso sintetizar mais meu protocolo pq senão ninguém vai ler.... oO
  Mas acreditem eu adoro poder conhecer o novo, ficar maravilhado... E poder relatar isso com detalhes me deixa melhor!!!

    
        Um Beijo, um abraço e um aperto de mão. Que Dionísio esteja conosco!!!!

                                                                                                       Matteus Cobra §

Protocolo "Memória da Cana"

Tudo começou naquele lugar.

Quando eu saí de casa, acreditava saber para onde ia. Ledo engano. Ao chegar onde pensava ser o meu destino fui transportada para outro, mais longe, mais esquisito, inóspito.
E o curioso, foi o quanto me senti satisfeita diante daquele desconforto.

Sons, imagens, palavras, a luz (ou a falta dela), os diversos signos daquele ambiente me remeteram ao exercício de sensações das micro cenas, fazendo-me perceber a necessidade de entender onde e como estamos (enquanto personagens, quer ativos ou passivos), antes de entender uma pessoa e/ou uma história.

Percebo que a compreensão de determinado trabalho parte de como EU sinto, percebo, absorvo. E é dessa mistura gerada em mim que será gerada uma segunda história, contada e reorganizada a partir da minha pessoa. 

Saí de lá impregnada, pois ao adentrar naquela fazenda, naquela c asa, naquelas vidas, eu quis ir mais longe do que eles pretendiam que eu fosse.

Ao retornar, encontro-me mais confusa do que antes, justamente, porque entendo mais do que antes.

Eu só tenho a agradecer e parabenizar àquela equipe, pelo desprendimento em compartilhar sua história e sua arte, bem como pela generosidade ao nos contaminar com ela.

Primavera/2011

Protocolo de Ensaio nº 35

Protocolo dos dias 17 e 18/09/2011 

17/09:
Forfezinho foi a São Paulo
Saindo da frente da sala 02 às 11h30 
Assistimos a duas peças:

Píramo e Tisbe – Teatro do SESI SP
Escrita e dirigida pelo premiado Vladimir Capella, a peça é referência da dramaturgia para o público adolescente. Marco de uma dramaturgia dirigida especificamente para o público adolescente, a peça Píramo e Tisbe revela que os jovens anseiam serem vistos e retratados no palco com suas dores, frustrações e sonhos. O elenco, também formado por jovens, reforça essa identificação de modo pleno. (referência: http://www.bloginoff.com.br/outros/11710-piramo-e-tisbeesteria-no-teatro-do-sesi-sao-paulo.html)

Memória da Cana – Espaço dos FOFOS
Com direção de Newton Moreno, a peça é uma adaptação de Álbum de Família, obra de Nelson Rodrigues. O texto fala sobre uma tragédia incestuosa em uma família nordestina. A filha é apaixonada pelo pai que, por não poder corresponder a esse sentimento, mantém relações com adolescentes, com a cumplicidade de sua cunhada (que também o ama). Já o irmão mais velho, apaixonado pela irmã, castra-se e abandona o seminário. O outro irmão ama a mãe veladamente. (referência: http://www.guiadasemana.com.br/artes-e-teatro/memoria-da-cana-espaco-dos-fofos-26-07-2011).

18/09: 
Forfezinho se encontrou lá no engenho para a leitura do texto “As desgraças de uma criança”, de Martins Pena.
Conversamos sobre a organização das próximas oficinas.




Protocolo de Ensaio nº 34

10/09 (SÁBADO) e 11/09 (DOMINGO):

Esse final de semana foi bem descontraído, no sábado tivemos a presença do Jeh, do Elias, da Thata e do Sassá. Foi uma grande brincadeira. No nosso fazer a diversão está atrelada ao trabalho e seriedade.
Alongamos em duplas, fizemos jogos pelo espaço e improvisamos a história do rato, da gata e da menina loira que nós mesmos criamos durante o jogo. Foi muito engraçado... O Elias fez o rato em uma das cenas, a Wilma em outra, a Djeisa e o Sassá fizeram o gato (risos), o Samuel fez a mãe da menina (risos), a Reisla fez a mãe também, o Augusto e o Jefferson fizeram os dedetizadores, o Eduardo fez o pai, eu e o Cobra fizemos a menina loira – dona do gato.
Após essas atividades, sentamos para falar um pouco de como foi o XVII Pirateatrando 2011 para nós, como foi o trabalho com as duplas, a relação com o público, a experiência enquanto grupo e num âmbito individual também. No geral todos se mostraram satisfeitos com os resultados, e um pouco mais maduros em relação ao trabalho e ao reconhecimento do que foi bom, do que poderia ter sido diferente. Houveram novos aprendizados, eu mesma confessei a todos o que me acrescentou o exercício, eu disse: eu aprendi o que é o jogo de cena agora. Esse exercício cênico me fez dar conta de muitas coisas das quais eu ainda não havia compreendido e realizado de fato.
Fiquei muito contente com algumas coisas, como o fato do Elias nos ter parabenizado. E, nesse encontro de sábado, ficaram gravados ensinamentos dos quais não irei me esquecer, como o significado da SINTONIA (reforçada pelo Jefferson) no teatro; que uma das mais importantes chaves do teatro é a repetição e que o palco é quem realmente mostra, ensina.
No domingo nos encontramos no estúdio do Sassá para um reencontro com Nelson Rodrigues. Fizemos uma leitura dramática do texto “Álbum de Família” (o qual já havia sido trabalhado pelo grupo) para nos aproximarmos do texto e resgatarmos a dramaturgia que o envolve, já que no próximo sábado (dia 17) o grupo iria para São Paulo assistir “Memória da Cana”, uma releitura de “Álbum” montada e encenada pelos FOFOS. Foi uma leitura muito tranquila e gostosa, onde, ao término, estávamos preparados para o espetáculo que nos aguardava – diga-se de passagem, é maravilhoso.
Aqui encerro minhas palavras momentâneas, mas meus pensamentos se vão para além...
Que Dionísio esteja presente!